domingo, 28 de setembro de 2008

Um Papo com LUÍS REPRESAS

LUIS REPRESAS Cantor e compositor dos mais populares em Portugal desde o tempo em que integrava o grupo Trovante, LUÍS REPRESAS tem profunda ligação com a música brasileira. Acaba de lançar, pela MZA Music, o CD Navegar é Preciso, direcionado ao nosso mercado e com diversas participações especiais.

Em uma conversa via e-mail – Represas em Lisboa, eu em São Paulo –, ele falou de sua ligação com a nossa música. Confira:

TONINHO SPESSOTO – Como surgiu a idéia de fazer esse CD?                                                                                                LUÍS REPRESAS – Eu e Martinho da Vila nos conhecemos em 2000, quando ele me convidou para cantar Viva Timor Leste no seu CD Lusofonia. Nesse mesmo ano eu o convidei para gravar O Zorro no meu CD Código Verde. Começando a partilhar música construiu-se uma amizade da qual surgiram muitos momentos de conversa. Um dos temas recorrentes era o da relação cultural/ musical entre os nossos dois países. Discutimos qual seria a melhor forma de fazer chegar música de Portugal, neste caso a minha, ao Brasil, relacionando-se com um mercado tão rico e estruturado, com regras tão próprias, e onde a ausência de referencias e hábitos de consumo do que se faz musicalmente hoje em dia em Portugal é praticamente total. Aí decidimos produzir um CD dirigido ao mercado e ao público brasileiro, onde canções minhas músicas e outras brasileiras convivessem sentadas à mesma mesa, à mesa da música e da língua, unidas pela produção do Martinho da Vila e do Marco Mazzola, e pelos arranjos do Ricardo Leão. Zélia Duncan e o quinteto vocal Arranco de Varsóvia foram cúmplices notáveis que entenderam desde o início o espírito do que se pretendia.

Toninho - Quais suas ligações com a música brasileira?    Represas – O primeiro músico brasileiro com quem colaborei foi Morais Moreira, no princípio dos anos 80, quando eu estava tocando no grupo que ajudei a fundar em 1976, o Trovante. Nos juntamos para gravar um tema dele, Baião de Dois. Foi uma experiencia inesquecível pois tratava-se, naquela época, de uma das primeiras colaborações entre músicos portugueses e brasileiros. A partir daí, foram muitos os amigos e parceiros como Ivan Lins, Daniela Mercury, Fafá de Belém, Gal Costa, Simone, Zélia Duncan e, claro, Martinho da Vila. E não posso nunca esquecer a minha querida Lucinha Lins que conseguiu que o Trovante fosse ao Fantástico em 1981, coisa quase impossível na época para uma jovem banda portuguesa Mas fundamentalmente a minha relação com a música brasileira é antiga e estimada, pois sempre chegou a Portugal tudo, ou quase tudo, o que de maior relevância se produz no Brasil.

LUIS REPRESAS 2 Toninho – A música brasileira tem enorme aceitação no mercado português, mas o mesmo infelizmente não ocorre no sentido inverso. Como você vê isso? Teria alguma explicação para tanto?                Represas – Um dia estava conversando em Havana com o Sílvio Rodriguez sobre esse mesmo tema, e chegamos a uma conclusão muito clara. Não é só uma questão com a música portuguesa. O Brasil é um “continente” que artisticamente produz do melhor que há no mundo e, além de exportar, autoconsome essa produção. Como tal tem um mercado poderosíssimo e extremamente ativo que, fora o que está sai dos grandes mercados internacionais, dificilmente é permeável a outras expressões que chegam de fontes menores. O que não quer dizer que o público brasileiro não seja receptivo a essas expressões. Nem sempre mercado quer dizer público. Por outro lado, Portugal foi desde sempre muito aberto e sensível á musica que chega do Brasil. E nas relações que se vêm estreitando entre os músicos dos dois países, está-se a provar que estamos mais próximos do que distantes.

Toninho – Você virá ao Brasil para shows desse novo projeto?    Represas – Gostaria de quanto antes levar para os palcos do Brasil este trabalho. Afinal, para mim é aí que a relação com o público é plena e verdadeira. É meu objetivo ainda este ano fazer os shows de lançamento.

Toninho – Quem são os grandes nomes da música portuguesa hoje, fora você, Madredeus, Teresa Salgueiro, Dulce Pontes, Pedro Abrunhosa e Eugénia Melo e Castro, os mais conhecidos no Brasil?                                                                              Represas – O Sérgio Godinho fez um trabalho notável no Brasil, de onde saíram canções como A Barca dos Amantes em parceria com o Milton Nascimento. A Mafalda Veiga teve uma música numa novela brasileira (Nota da Redação: No Rastro do Sol, na novela Sabor da Paixão, em 2003), e é pena que não tivesse havido continuidade, pois é uma artista a ser mais conhecida pelos brasileiros. Tampouco quero ser injusto não nomeando outros que , por não ter conhecimento, aqui possa omitir. Sem dúvida Portugal tem muitos artistas que mereceriam ter a sua oportunidade de exposição no Brasil

Toninho – Como foi a experiência dos Trovante? Quanto tempo o grupo durou?                                                                   Represas - Foi uma “aventura” que durou 16 anos e que começou numa época em que quase tudo estava por fazer na música em Portugal. Havíamos saído de uma ditadura cinzenta apenas há dois anos, e com o Trovante cresci, não só artisticamente, mas também humanamente. Foi uma grande escola e a grande base do que sou hoje em dia, embora já tenham passados outros 16 anos desde o seu fim.

Capa Represas Alta Toninho – Como foi o critério de escolha do repertório e dos convidados em Navegar é Preciso?                            Represas – Escolhemos entre oito canções minhas que fizeram sucesso em Portugal e 5 brasileiras que não se afastassem da minha identidade e que fizessem sentido na construção de um todo que é este CD. Na escolha destas últimas, tanto o Martinho da Vila como o Mazzola não perderam de vista essa identidade, trazendo canções que fazem parte do meu imaginário, como Sinal Fechado e Oração da Mãe Menininha e outras completamente novas para mim como Meu Erro, Apaga o Fogo Mané e Viajando. Quando me propuseram a participação da Zélia Duncan em Meu Erro, tive desde logo a certeza que, pelo caminho que a canção estava a tomar, o resultado seria de um grande intimismo, pois a voz da Zélia confere essa tranquilidade. Quanto ao Arranco de Varsóvia, o Martinho não queria tanto um grupo de vozes mas sim um coral que funcionasse enquanto artista. E, sem dúvida, eles têm essa força e personalidade.

Toninho – Quantos CDs e DVDs você tem gravados?           Represas – Dezassete ao todo. Nove com Trovante e oito solo, mais um DVD.

Toninho – Gostaria que sua discografia fosse toda disponibilizada no Brasil?                                                                         Represas – Claro que sim pois toda a minha história, a minha evolução estão aí, embora no DVD, que se chama A História Toda, filmado nos shows por ocasião dos meus 30 anos de trabalho, se possa ver um resumo de toda essa trajetória.

Toninho – Navegar é Preciso está saindo também em Portugal? É um 'disco de carreira' ou você o considera um 'projeto especial'?Represas – Por agora não sai em Portugal. Quero concentrar-me na relação com o público e com o mercado brasileiro. Mais tarde, quem sabe… Este CD começou por ser um projeto à parte, mas já faz tão parte de mim que já não pode deixar de ser um disco de carreira. E muito especial.

Fotos: Divulgação                                                                     Site Oficial: www.luisrepresas.com

sábado, 20 de setembro de 2008

Graça, Leveza e Boa Música no PAPO DE MÚSICO com DANIELA PROCOPIO

SAMSUNG ELECTRONICS    A cantora e compositora DANIELA PROCOPIO foi a convidada da gravação do PAPO DE MÚSICO, programa que produzo e apresento semanalmente pela USP FM, e que foi realizada na última terça, 16 de setembro, no SL Music Hall, em São Paulo. Acompanhada pelo maestro Alê Prade, DANIELA mostrou canções de seu primeiro CD, auto-intitulado, lançado pelo selo independente RM2 Entretenimento em março deste ano.

SAMSUNG ELECTRONICS    DANIELA PROCOPIO e eu conversamos sobre o processo de produção de seu CD e também sobre sua paixão pela Música. Ela é uma das mais premiadas designers gráficas do Brasil, com trabalhos realizados aqui e no Exterior. Hoje, se reveza entre essas duas atividades. No PAPO DE MÚSICO, ela mostrou canções como Tempo Ao Tempo (Navegador de Lua), A Little High, Quem Eu Quero Bem e Deusa dos Ventos, que estará na trilha sonora da telenovela Revelação, do SBT.

SAMSUNG ELECTRONICS    O PAPO DE MÚSICO com DANIELA PROCOPIO irá ao ar pela USP FM no dia 28 de setembro. As gravações acontecem todas as terças-feiras, às 14 horas, no SL Music Hall, espaço de eventos do Souza Lima Ensino de Música, à Rua José Maria Lisboa 745, nos Jardins, em São Paulo. A entrada é franca.

Fotos: Mariana Sayad

TELÃO PAPO DE MÚSICO - domingos, da meia-noite à uma da manhã (madrugada de domingo para segunda), pela USP FM
Produção e Apresentação: TONINHO SPESSOTO

Gravações todas as terças, às 14 horas, no SL Music Hall - Rua José Maria Lisboa, 745 - Jardins
Entrada Franca

USP FM
93,7 MHz - São Paulo
107,9 MHz - Ribeirão Preto
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No PAPO DE MÚSICO com LUCA BULGARINI, Emoção e Grandes Canções

No dia 9 de setembro foi gravado o PAPO DE MÚSICO com o violonista, compositor, produtor e cantor paulistano LUCA BULGARINI. Discípulo do Mestre Paulinho Nogueira, BULGARINI relembrou os ensinamentos deste que foi um dos maiores violonistas brasileiros de todos os tempos.

LUCA recordou também temas instrumentais como a Bachianinha no. 1, de Paulinho, e a Ária da 4a Corda, de Bach, que o Mestre considerava a melodia mais perfeita já escrita. Um dos momentos de maior emoção foi Parque da Água Branca, que BULGARINI interpretou em dueto com a cantora IRIS SALVAGNINI, uma das vozes mais bonitas da novíssima geração.

LUCA e eu conversamos sobre sua vida e carreira. O violonista mostrou também temas próprios como o instrumental Itaúnas e os sambas Ponto de Partida, que ele fez especialmente para Paulinho da Viola, e Calmaria. Uma tarde com música de primeira e muita emoção! O PAPO DE MÚSICO com LUCA BULGARINI irá ao ar pela USP FM no dia 21 de setembro. As gravações acontecem todas as terças-feiras, às 14 horas, no SL Music Hall, espaço de eventos do Souza Lima Ensino de Música, à Rua José Maria Lisboa 745, nos Jardins, em São Paulo. A entrada é franca.

Fotos: Paula Witchert

TELÃO PAPO DE MÚSICO - domingos, da meia-noite à uma da manhã (madrugada de domingo para segunda), pela USP FM
Produção e Apresentação: TONINHO SPESSOTO 
                                        Gravações todas as terças, às 14 horas, no SL Music Hall - Rua José Maria Lisboa, 745 - Jardins
Entrada Franca

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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Suíngue, Descontração e Boa Música no PAPO DE MÚSICO com LUA

LUA 3 A cantora brasiliense LUA foi a convidada do PAPO DE MÚSICO em 2 de setembro. A gravação, como sempre, aconteceu no SL Music Hall, espaço de eventos do Souza Lima Ensino de Música, em São Paulo. Acompanhada por uma competente banda, com direção musical de Daniel Ganjaman, LUA mostrou canções de seu primeiro CD, auto-intitulado, lançado em meados do ano pelo selo independente Ôlôko Records.

Além de trazer sua mistura sonora que inclui reggae, soul, funk e elementos de MPB, LUA conversou animadamente comigo sobre sua vida e carreira, relembrando o começo em Brasília, a ida para Florianópolis e o tempo passado em Salvador durante a gravação do CD, que teve produção de Alê Siqueira. Além de cantar canções como Se Tudo Pode Acontecer, de Arnaldo Antunes, e Seres Tupy, de Pedro Luís, LUA interpretou Quero, de Thomas Roth, um dos seus temas favoritos.

Após a gravação, LUA foi entrevistada pela repórter Luciana Andrade, do programa Show Total, do Souza Lima Ensino de Música, levado ao ar pela TV Aberta São Paulo e várias emissoras a cabo. O PAPO DE MÚSICO com LUA irá ao ar pela USP FM no dia 14 de setembro. As gravações acontecem todas as terças-feiras, às 14 horas, no SL Music Hall, espaço de eventos do Souza Lima Ensino de Música, à Rua José Maria Lisboa 745, nos Jardins, em São Paulo. A entrada é franca.

Fotos: Paula Witchert - Arte: James Eduardo

telao PAPO DE MÚSICO - domingos, da meia-noite à uma da manhã, pela USP FM
Produção e Apresentação: TONINHO SPESSOTO
No ar em 7 de Setembro entrevista com CONSUELO DE PAULA

Gravações todas as terças, às 14 horas, no SL Music Hall - Rua José Maria Lisboa, 745 - Jardins
Entrada Franca

Gravação de 9 de Setembro com LUCA BULGARINI

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terça-feira, 2 de setembro de 2008

VITROLA é indicado ao PRÊMIO DYNAMITE de MÚSICA INDEPENDENTE

LOGO VITROLA O VITROLA, talk show musical criado, produzido e apresentado pelo jornalista, radialista e produtor musical Toninho Spessoto,  no ar há quatro anos e que é transmitido TODAS AS QUARTAS, AO VIVO, das 16 ás 17 horas pela allTV - www.alltv.com.br -, acaba de ser indicado ao PRÊMIO DYNAMITE DE MÚSICA INDEPENDENTE, na categoria MELHOR PROGRAMA DE TV OU EMISSORA.

O VITROLA é um talk show musical que tem por slogan 'o programa que traz gente que tem o que cantar, gente que tem o que contar, gente que tem o que mostrar' e estreou em 4 de julho de 2004, inicialmente apresentado por Spessoto e pelas jornalistas Ariana Brunello e Fernanda Câmara. Ao longo do tempo, dividiram bancada com ele as jornalistas Marina Scozzafave, Dani Berti e Adriana de Rosa, e a atriz Ana Paula de Faria. O VITROLA traz semanalmente grandes nomes da música nacional e internacional e novos talentos, além de profissionais ligados às mais diversas áreas do segmento musical.

TONINHO, MARINA Entre os artistas que já passaram pelo programa estão Raimundo Fagner, Jorge Vercillo, Francis Hime, Olivia Hime, Kleiton & Kledir, Alaíde Costa, Marina Elali (foto)Celso Viáfora, o grupo Língua de Trapo, o cantor norte-americano B.J. Thomas, e as bandas Detonautas Roque Clube e Nenhum de Nós.

O PRÊMIO DYNAMITE DE MÚSICA INDEPENDENTE é decidido pelos internautas. Para votar, basta acessar www.premiodynamite.com.br, cadastrar um e-mail e seguir as instruções. A votação vai até o dia 30 de setembro.